Novos imigrantes da América do Norte chegam em um “Aliyah Flight” especial em nome da organização Nefesh B'Nefesh, no aeroporto Ben Gurion, no centro de Israel. Foto de Yehuda Haim/Flash90
Aproximadamente 35.000 judeus de todo o mundo imigraram para o Estado judeu desde o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023, de acordo com um relatório da Agência Judaica publicado no domingo. Os dados revelaram que os imigrantes judeus são provenientes de cerca de 100 países, sendo que 31.000 se mudaram para Israel em 2024.
Aproximadamente um terço dos novos imigrantes eram jovens de 18 a 35 anos e alguns já se alistaram nas Forças de Defesa de Israel.
O presidente da Agência Judaica, Major-General (Res.) Doron Almog, deu as boas-vindas ao evento, enfatizando a conexão entre Israel e os Judeus de todo o mundo.
"A Agência Judaica trabalha para fortalecer e revitalizar o Estado de Israel de várias maneiras, o que é possível graças à conexão que estabelecemos com os Judeus da diáspora", declarou Almog. "Esse compromisso, que tem sido sentido com tanta intensidade desde o massacre de 7 de outubro, é a fonte de força para a cura da sociedade israelense."
O massacre de 1.200 Israelenses pelo Hamas chocou milhões de Judeus e não- Judeus em todo o mundo. Embora a imigração judaica para Israel tenha caído inicialmente após o massacre de outubro de 2023, o Ministério de Aliyah e Integração informou em abril que os judeus da diáspora estavam cada vez mais interessados em se mudar para o Estado Judaico.
“Desde o início da guerra, houve um aumento de 300% nos pedidos de aliyah da França, um salto de 150% do Canadá, um aumento de 100% dos Estados Unidos e um aumento de 40% do Reino Unido”, informou o Jewish News Syndicate em fevereiro passado.
O aumento da imigração Judaica para Israel após o dia 7 de outubro é atribuído ao aumento do antissemitismo global e ao fortalecimento do senso de identidade Judaica e da conexão com o Estado Judaico.
Em fevereiro, um executivo de alto nível da Nefesh B'Nefesh, uma organização dedicada a facilitar a imigração dos judeus norte-americanos para Israel, previu que “o sionismo intensificado e a identificação com Israel” após o ataque de 7 de outubro acabariam “estimulando uma nova onda de Aliyah (imigração Judaica para Israel) em um futuro próximo”. O executivo também previu que 2024 seria “um ano recorde para a Aliyah Norte-Americana”.
Um número impressionante de 10.000 casos de antissemitismo foi registrado somente nos Estados Unidos desde 7 de outubro de 2023, de acordo com um relatório da Liga Antidifamação (ADL) em outubro. Isso representa um aumento de 200% nos casos antissemitas em comparação com o ano anterior.
O CEO da ADL, Jonathan Greenblatt, emitiu um alerta contra os níveis crescentes de antissemitismo nos Estados Unidos.
"Hoje, lamentamos as vítimas do ataque do Hamas em Israel, em 7 de outubro, marcando um ano desde o pior massacre de Judeus desde o Holocausto. Daquele dia em diante, os Judeus Americanos não tiveram um único momento de trégua”, disse Greenblatt.
“Em vez disso, enfrentamos um número chocante de ameaças antissemitas e recebemos apelos por mais violência contra Israelenses e Judeus em todos os lugares”, acrescentou.
Yaakov Hagoel, presidente da Organização Sionista Mundial (WZO), refletiu recentemente sobre os desafios para os Sionistas em todo o mundo.
“Os incidentes antissemitas em todo o mundo aumentaram drasticamente. Estamos testemunhando um aumento de oito vezes nos eventos Antissemitas, totalizando centenas de incidentes desse tipo por dia em todo o mundo. A questão mais preocupante é que muitos Judeus na diáspora estão começando a aceitar essa situação como normal“, disse Hagoel.