Foto: IDF
Após meses de silêncio, a área metropolitana de Jerusalém foi atacada duas vezes em 12 horas no sábado, quando mísseis foram lançados contra a região, primeiro pelos terroristas Houthis do Iêmen e depois pelo Hamas em Gaza.
O primeiro ataque ocorreu por volta das 2h da manhã de sábado, quando os Houthis continuaram com seu hábito recente de disparar mísseis balísticos contra Israel durante a noite - visando Jerusalém dessa vez, e não Tel Aviv.
As sirenes de alarme foram ativadas no sul de Jerusalém, em vilas e cidades a oeste de Jerusalém, incluindo Modi'in e Beit Shemesh, bem como em várias cidades da Judeia e perto do Mar Morto.
As IDF declararam que o míssil foi interceptado fora do espaço aéreo Israelense, e as sirenes foram acionadas para alertar os cidadãos contra a queda de estilhaços. Não houve registro de feridos como consequência direta do ataque com mísseis.
Mais tarde, os Houthis do Iêmen reivindicaram a responsabilidade pelo ataque, que, segundo eles, atingiu com sucesso a base aérea de Nevatim, no sul do deserto de Negev. Somente neste mês, os Houthis lançaram 10 mísseis balísticos e cerca de nove drones contra Israel até o momento.
De acordo com a Radio do Exército, o sistema americano de defesa antimísseis THAAD, instalado em Israel, participou da interceptação do ataque. A Força Aérea Israelense disse que verificaria se o THAAD ou o Arrow interceptador israelense de míssil atingiu o míssil Houthi.
Após o primeiro e raro ataque à área de Jerusalém, as sirenes foram ativadas uma segunda vez por volta das 16h15, quando o Hamas lançou dois foguetes de longo alcance do bairro de Beit Hanoun, ao norte de Gaza, pouco depois de as IDF terem iniciado um novo ataque em grande escala no local.
A IDF disse que interceptou os foguetes depois que eles dispararam alarmes na área a oeste de Jerusalém, incluindo cidades ao redor de Beit Shemesh, nas colinas da Judéia. Novamente, não houve relatos de ferimentos causados pelos lançamentos.
Desde os primeiros dias da guerra, em outubro do ano passado, os ataques à área de Jerusalém se tornaram excepcionalmente raros. A última vez que o Hamas tentou realizar um ataque desse tipo foi na noite de 1º de janeiro deste ano.
A IDF reagiu ao ataque emitindo novas ordens de evacuação nas áreas da Faixa de Gaza. O porta-voz das IDF em Árabe, coronel Avichay Adraee, publicou um mapa mostrando as áreas próximas a Beit Hanoun que foram programadas para serem evacuadas imediatamente.
“Aviso urgente a todos aqueles que ainda não evacuaram a área marcada no mapa, especificamente a área de Beit Hanoun. Essa área já foi advertida muitas vezes no passado. Vocês devem evacuar a área imediatamente e seguir para o sul em direção à estrada de Salah a-Din. Se você for por outra estrada, estará exposto ao perigo”, declarou Adraee.
Beit Hanoun e os arredores foram submetidos a vários ataques Israelenses em grande escala no ano passado, mas o Hamas aparentemente continuou a resistir e a reconstruir a área.
Almog Boker, analista do Canal 12 para o sul de Israel, reagiu ao ataque incomum observando “três coisas importantes a dizer sobre o ataque incomum de Gaza para Jerusalém: Em primeiro lugar, se o Hamas tivesse a capacidade, lançaria foguetes todos os dias, mas não tem essa capacidade”.
“Em segundo lugar, é verdade que, um ano e três meses depois, o Hamas pode lançar um foguete uma vez (até mesmo um de longo alcance), mas em um ano a IDF destruiu as capacidades que o Hamas havia construído e mantido por 20 anos. Em terceiro lugar, a área de onde o foguete foi lançado deve ser destruída. A coisa toda! [Como] Todo o lugar de onde o foguete foi lançado”.
