A fumaça se espalha sobre os subúrbios ao sul de Beirute visto de Baabda, Líbano, após um ataque Israelense que antes, tinha emitido um aviso de evacuação para a área, em 28 de março de 2025. (Foto: REUTERS/Mohamed Azakir)
Na sexta-feira, as Forças de Defesa de Israel destruíram um alvo do Hezbollah na fortaleza do grupo em Beirute, no bairro de Dahiyeh, o primeiro ataque desse tipo em vários meses.
Na manhã de sexta-feira, as IDF identificaram o lançamento de dois foguetes do território Libanês no norte de Israel, disparando sirenes na cidade de Kiryat Shmona e em várias cidades vizinhas.
As defesas aéreas Israelenses abateram um dos foguetes, enquanto o outro caiu em território Libanês. O Hezbollah rapidamente negou a responsabilidade.
Os líderes locais no norte de Israel reagiram com indignação e criticaram o governo de Israel, enquanto o Ministro da Defesa, Israel Katz, reiterou sua ameaça de que não haveria paz em Beirute, “se não houver paz em Kiryat Shmona e nas comunidades da Galileia”.
"O governo Libanês tem responsabilidade direta por qualquer tiroteio na Galileia. Não permitiremos um retorno à realidade de 7 de outubro. Garantiremos a segurança dos residentes da Galileia e agiremos com força contra qualquer ameaça”, declarou Katz.
Em uma reação imediata, as IDF começaram a bombardear alvos na área de Nabatieh.
Várias horas depois, as IDF pediram aos moradores de Dahiyeh que evacuassem os arredores de um prédio pertencente ao Hezbollah.
As imagens nas mídias sociais mostraram centenas de civis fugindo da área em pânico. Depois que as IDF supostamente realizaram três ataques de alerta “roof-knock”, um ataque aéreo destruiu o prédio.
PELA PRIMEIRA VEZ DESDE O INÍCIO DO CESSAR-FOGO: Porta-voz das IDF em Árabe: "Aviso urgente aos residentes de Hadahiya em Beirute - para qualquer pessoa que esteja no prédio marcado em vermelho, conforme mostrado no mapa, e nos prédios adjacentes a ele no bairro de Al-Hadath - vocês estão perto das instalações do Hezbollah. Vocês devem evacuar esses prédios imediatamente e ficar a pelo menos 300 metros de distância deles.”
Assim como no último sábado, o grupo terrorista Libanês, mais uma vez, negou a responsabilidade pelos lançamentos de foguetes, alegando que eles eram “parte de uma tentativa suspeita de fabricar pretextos para a continuação da agressão Israelense ao Líbano”.
“O Hezbollah respeita o acordo de cessar-fogo”, afirmou o grupo terrorista.
Em uma entrevista ao canal saudita al-Sharq, oficiais das Forças Armadas Libanesas estimaram que os dois foguetes lançados na sexta-feira eram do mesmo tipo que os disparados na semana anterior. Eles também observaram que os lançadores ainda não foram localizados.
Até o momento, as autoridades Libanesas não divulgaram os resultados de sua investigação sobre o mais recente lançamento de foguete, nem identificaram o grupo responsável.
De acordo com os termos do cessar-fogo, o Hezbollah foi obrigado a evacuar todos os seus agentes e remover sua infraestrutura do sul do Líbano, enquanto o exército Libanês se posicionava na mesma área.
No entanto, as IDF atingiram repetidamente as posições do Hezbollah e tentaram retirar as armas e munições restantes.
Kiryat Shmona acaba de reabrir suas escolas após 16 meses de fogo quase incessante do Hezbollah e está tentando convencer seus residentes a voltar para casa.
A cidade, com uma população de mais de 20.000 habitantes e localizada perto da fronteira com o Líbano, foi em grande parte evacuada depois que o Hezbollah lançou um ataque maciço não premeditado ao norte de Israel em 8 de outubro de 2023, em solidariedade a Gaza.
Avichai Stern, prefeito de Kiryat Shmona, disse à Ynet News: “Ontem, trabalhamos duro para persuadir os residentes que não haviam retornado a voltar para casa. Hoje, estamos trabalhando para convencer aqueles que voltaram a ficar. Essa é a aparência de uma realidade mutável. O ponto principal é: O Hezbollah está sendo dissuadido. A reunião do gabinete será hoje, ou isso não importa, já que é "apenas" Kiryat Shmona?"
O Lobby 1701, um grupo que representa os residentes do norte, disse: “O governo de Israel voltou à mentalidade de 6 de outubro, normalizando os disparos de foguetes contra as comunidades ao longo da linha de confronto [a fronteira de Israel com o Líbano]”.
O grupo alertou que a Galileia permaneceria vazia e seus moradores seriam evacuados, a menos que o governo restabelecesse a segurança.
“Os residentes do norte sacrificaram um ano e meio longe de casa, apenas para retornar a uma realidade econômica e de segurança ainda mais severa. Essa é a hora do teste do governo - diante do Hezbollah, diante dos residentes e diante de todo o público Israelense”, declarou o Lobby 1701.
“Sem cumprir a promessa de mudar a situação de segurança, não haverá reassentamento na Galileia, e os muitos milhares que ainda não voltaram para suas casas continuarão sem vontade de fazê-lo.”
