Manifestantes se reúnem nos portões da Universidade de Columbia, em apoio aos estudantes manifestantes que fizeram barricadas no Hamilton Hall, durante o conflito em curso entre Israel e o Hamas, na cidade de Nova York, em 30 de abril de 2024. (Foto: REUTERS/David Dee Delgado)
O Departamento de Educação dos Estados Unidos iniciou investigações em cinco universidades para determinar se cumprem suas obrigações legais de proteger os alunos contra o antissemitismo.
O comunicado à imprensa anunciando as investigações foi publicado na segunda-feira no site do Departamento de Educação dos EUA, afirmando que serão examinadas “cinco instituições de ensino superior onde foi relatado assédio antissemita generalizado”.
As escolas sob investigação são a Universidade de Columbia, a Universidade Northwestern, a Universidade Estadual de Portland, a Universidade da Califórnia, Berkeley, e a Universidade de Minnesota, Twin Cities.
Cada uma dessas universidades foi acusada de permitir a discriminação antissemita ilegal.
As investigações estão sendo abertas pelo Escritório de Direitos Civis e serão conduzidas para garantir que o Título VI da Lei de Direitos Civis esteja sendo seguido por essas escolas.
Ainda na semana passada, um professor Judeu da escola de administração da Universidade de Columbia se demitiu, dizendo que “a universidade deixou clara sua posição ao apoiar e dar poder a um conhecido antissemita radical para doutrinar mentes impressionáveis”, referindo-se ao elogio que fez outro professor da Columbia ao ataque terrorista do Hamas em 7 de outubro.
A declaração do Departamento de Educação sobre as investigações incluiu comentários do Secretário Assistente Interino de Direitos Civis, Craig Trainor, que criticou duramente tanto a tolerância das universidades ao “assédio antissemita generalizado” quanto “os acordos de resolução sem efeito do governo Biden”.
“Hoje, o Departamento está avisando as universidades, faculdades e escolas de ensino fundamental e médio: este governo não tolerará a indiferença institucional contínua em relação ao bem-estar dos estudantes Judeus nos campuses americanos, nem ficará de braços cruzados se as universidades não conseguirem combater o ódio aos Judeus e o assédio e a violência ilegais que ele provoca", disse Trainor.
As novas investigações ocorrem pouco depois que o Presidente dos EUA, Donald Trump, assinou uma ordem executiva destinada a combater a discriminação ilegal contra os Judeus.
A ordem executiva declarou que “deve ser política dos Estados Unidos combater vigorosamente o antissemitismo, usando todas as ferramentas legais disponíveis e apropriadas, para processar, remover ou responsabilizar os autores de assédio e violência antissemitas ilegais”.