O governo de Israel instruiu as Forças de Defesa de Israel a defender a aldeia Drusa de Jaramana, no sul da Síria, depois que o regime Islâmico de Damasco lançou operações militares na área.
Jaramana, que tem uma população mista de Drusos e Cristãos Sírios, tornou-se um ponto central dos recentes confrontos entre as forças Drusas locais e as forças do regime Islâmico da Síria.
"Não permitiremos que o regime terrorista do Islã radical na Síria prejudique os Drusos", disseram o Primeiro-Ministro Israelense Benjamin Netanyahu e o Ministro da Defesa, Israel Katz, em uma declaração conjunta.
“Se o regime prejudicar os Drusos, ele será prejudicado por nós. Temos o compromisso com nossos irmãos Drusos em Israel de fazer tudo para evitar danos a seus irmãos Drusos na Síria, e tomaremos todas as medidas necessárias para manter sua segurança", acrescentaram os líderes Israelenses.
As tensões estão aumentando entre a minoria Drusa da Síria e o novo regime Islâmico em Damasco. A agência de notícias Árabe, Al-Araby, sediada no Qatar, informou que um membro das forças Sírias foi morto durante os confrontos com as forças Drusas locais.
Aproximadamente 150.000 Israelenses Drusos vivem no estado Judaico e a maioria dos homens Israelenses Drusos servem na IDF. Além disso, cerca de 25.000 Drusos vivem nas Colinas de Golã Israelenses e têm laços familiares estreitos com a população Drusa no lado sírio da fronteira.
Em fevereiro, fontes da província Síria de al-Quneitra, no sul do país, revelaram que os militares Israelenses haviam transmitido à população Drusa da Síria "ofertas tentadoras" de oportunidades de emprego em Israel.
"As IDF expressaram aos que receberam ofertas de trabalho que queriam emitir autorizações de entrada que lhes permitiriam entrar em Israel e trabalhar lá, assim como fizeram com os Palestinos que trabalham em Israel", disse um morador local à agência de notícias Saudita Al-Arabiya.
As Colinas de Golã têm uma história Judaica antiga. A cidade Judaica fortificada de Gamla, no Golã, desempenhou um papel importante na revolta Judaica contra o Império Romano e ficou conhecida como a Masada do Norte.
Em 1967, os militares Israelenses capturaram as Colinas de Golã depois que o regime Sírio atacou Israel e usou as colinas estrategicamente importantes para aterrorizar os civis Israelenses que viviam nas comunidades fronteiriças.
Em 2019, o Presidente dos EUA, Donald Trump, proclamou formalmente que “os Estados Unidos reconhecem que as Colinas de Golã fazem parte do Estado de Israel”.
Em dezembro de 2024, após o colapso do antigo regime Sírio de Assad, o governo Israelense ordenou que as IDF capturassem a zona de segurança entre a Síria e Israel. O objetivo da operação era impedir que forças Islâmicas entrassem no território e ameaçassem as comunidades fronteiriças Israelenses próximas.
Netanyahu prometeu que as forças Israelenses permaneceriam na área “até que a segurança possa ser garantida”.
"Israel não permitirá que grupos jihadistas preencham esse vácuo e ameacem as comunidades de Israel nas Colinas de Golã com ataques no estilo do 7 de outubro. É por isso que as forças de Israel entraram na zona de segurança e assumiram o controle de locais estratégicos perto da fronteira de Israel“, declarou o Gabinete do Primeiro Ministro.
O Ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Sa'ar, advertiu recentemente os ministros das Relações Exteriores de 20 países membros da União Europeia sobre o regime Sírio, acusando-o de tentar minimizar sua ideologia Islâmica.
“O novo governo é um grupo terrorista Islâmico jihadista de Idlib que tomou Damasco à força. Estamos todos felizes com a saída de Assad, mas precisamos ser realistas. Os Islâmicos falam suavemente - veja como o Irã falou em 1979. Mas todo mundo sabe quem é o novo líder“, declarou Sa'ar, referindo-se ao novo líder Sírio, Ahmed al-Shara'a, também conhecido como Mohammed al-Jolani, que já foi filiado à organização terrorista Islâmica radical al-Qaeda.
