Veículos do exército Israelense vistos na cidade de Jenin, na Cisjordânia, após uma grande ofensiva Israelense aérea e terrestre em Jenin, em uma das maiores operações militares de Israel no território Palestino em anos. 4 de julho de 2023. Foto de Nasser Ishtayeh/Flash90
O exército Israelense e o Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu anunciaram o lançamento de uma operação de contraterrorismo em larga escala na cidade de Jenin, localizada em Samaria, na terça-feira.
“De acordo com a diretriz do Gabinete de Segurança, a IDF, a ISA e a Polícia de Israel iniciaram hoje uma operação militar extensa e significativa para derrotar o terrorismo em Jenin - 'Iron Wall'”, declarou Netanyahu.
“Esse é um passo adicional para atingir o objetivo que estabelecemos - reforçar a segurança na Judéia e Samaria”, acrescentou o premiê.
“Estamos agindo metodicamente e com determinação contra o eixo iraniano onde quer que ele chegue - em Gaza, no Líbano, na Síria, no Iêmen e na Judeia e Samaria - e continuamos ativos.”
As primeiras informações Palestinas diziam que um grande número de veículos militares havia entrado em Jenin e que aviões israelenses abriram fogo do céu. De acordo com as últimas atualizações do Ministério da Saúde Palestino, duas pessoas foram mortas e cerca de 25 ficaram feridas nos confrontos até o momento.
A mídia Israelense disse que a operação deve durar pelo menos vários dias e é realizada por tropas da IDF, incluindo forças especiais, bem como pela Polícia de Fronteira e forças do Shin Bet.
Apesar de as estatísticas mostrarem uma redução nos ataques terroristas na Judeia e Samaria, o Channel 12 News citou recentemente o chefe do Shin Bet, Ronen Bar, alertando o escalão político de que a tranquilidade poderia ser traiçoeira.
“A diminuição significativa no escopo dos ataques na Judéia e Samaria é enganosa e não reflete o escopo do terrorismo no local”, disse Bar ao gabinete há cerca de duas semanas.
“Reconhecemos uma tendência consistente de aprimoramento de armas desde o ‘Guardian of the Wall’ (Guardião do Muro), uma transição de coquetéis Molotov para tiros e de tiros para ataques a bomba”, alertou Bar.
“Israel deve aprender com o dia 7 de outubro a não permitir o fortalecimento de elementos terroristas e, portanto, um movimento amplo que mude a situação deve ser feito para colapsar e eliminar o fenômeno dos batalhões na Judeia e Samaria e nos permitir liberdade de ação.”
O Ministro da Defesa, Israel Katz, também alertou na terça-feira que "a ameaça aos assentamentos, às cidades e aos colonos na Judeia e Samaria e nas áreas de fronteira está piorando".
Falando no Comitê de Assuntos Estrangeiros e Defesa na terça-feira, Katz observou que “Nossos inimigos aqui e agora reconhecem a possibilidade de que esta é a única arena que está aberta hoje - o único lugar onde há confrontos, tiroteios e terrorismo contra o Estado de Israel, e, portanto, o eixo Iraniano que tem operado continua a operar para produzir o terrorismo através do financiamento, direcionamento e armamento”.
Portanto, disse o ministro da Defesa, ele ordenou que a IDF “aja com firmeza para proteger todos os assentamentos e residentes”.
De acordo com o Canal 12, a operação foi planejada durante meses e foi iniciada hoje devido ao fracasso da operação das forças de segurança da Autoridade Palestina para erradicar o terror em Jenin e aos cessar-fogos que foram implementados em Gaza e no Líbano.
“Na opinião deles, a operação já atingiu seu objetivo: eles mostraram ao público Palestino e ao mundo inteiro que não aceitarão mais a presença armada em tal escala”, disse um oficial da IDF ao Ynet News.
“Essa também é a maneira de sinalizar para os EUA e a União Europeia que eles têm força armada para controlar a Faixa de Gaza em vez do Hamas, pelo menos nas áreas em que o Hamas foi mais derrotado pela IDF.”
Apesar dos acordos relatados pelos líderes do campo de refugiados de Jenin e da AP, membros da Brigada de Jenin, afiliada à Jihad Islâmica, detonaram dois dispositivos explosivos em um veículo pertencente às forças da AP na segunda-feira.
De acordo com fontes de segurança Israelenses, a AP matou 10 terroristas, incluindo um oficial sênior, e prendeu cerca de 340 agentes terroristas em cerca de um mês e meio de combates. Eles também encontraram 290 dispositivos explosivos, nada menos que 23 carros-bomba e muitos drones.
A AP teria perdido seis de seus combatentes nos confrontos.
