O Presidente eleito dos EUA, Donald Trump, com o Primeiro-Ministro Israelense Benjamin Netanyahu (Crédito da foto: Escritório do Primeiro Ministro Netanyahu)
Em uma entrevista ao New York Post publicada na segunda-feira, Mohammad Hamdan, secretário-geral do partido Fatah, que governa a Autoridade Palestina, declarou que acredita que o novo governo Trump e o atual governo Israelense pretendem “destruir o Irã”, sendo que depois disto o Hamas inevitavelmente se desintegrará.
“Vemos que Trump e o governo no poder em Israel estão planejando destruir o Irã, de modo que os [seguidores] do Hamas não terão outra escolha a não ser se tornar Palestinos”, disse Hamdan, indicando que o Hamas não representa os verdadeiros interesses do povo Palestino.
“Estamos confrontando a ideologia do Hamas”, argumentou ele. “Nosso problema é com a ligação do Hamas com regimes fora da Palestina.”
Hamdan também criticou o Hamas por rejeitar a lei internacional.
“O Hamas rejeita a legitimidade internacional, ou seja, as resoluções da ONU”, disse ele. “O mundo não pode aceitar uma situação em que uma das partes não aceita as resoluções internacionais.”
Ao criticar o grupo terrorista em Gaza, Hamdan também argumentou que a ascensão do Hamas e de outras organizações islâmicas é, em grande parte, uma consequência da política externa intervencionista Americana.
“Nós, como Palestinos, acreditamos que a maioria desses grupos extremistas islâmicos é produzida pelos Estados Unidos em seu esforço para criar um novo Oriente Médio”, disse ele.
O Fatah, um partido socialista e nacionalista, é liderado pelo Presidente Mahmoud Abbas, o atual presidente da Autoridade Palestina (AP).
O Fatah defende uma solução de dois Estados para o conflito Israelense-Palestino.
Cerca de uma semana após o ataque de 7 de outubro contra Israel, um relatório da agência de notícias oficial da AP afirmou que, em uma ligação com o presidente Venezuelano Nicolas Maduro, Abbas condenou o Hamas pelo seu nome.
“O presidente também enfatizou que as políticas e ações do Hamas não representam o povo Palestino, e que as políticas, programas e decisões da (Organização para a Libertação da Palestina) representam o povo Palestino como seu único representante legítimo”, disse o relatório.
Pouco tempo depois, no entanto, a linguagem sobre o Hamas foi removida, mudando a frase para o seguinte: “O presidente também enfatizou que as políticas, os programas e as decisões da OLP representam o povo Palestino como seu único representante legítimo, e não as políticas de qualquer outra organização”.
O relatório também afirma que Abbas “rejeitou os métodos associados à morte ou ao abuso de civis de ambos os lados e pediu a libertação dos civis, prisioneiros e detidos. Ele reiterou a rejeição da violência, a adesão à legitimidade internacional, a resistência popular pacífica e a ação política como forma de alcançar os objetivos nacionais de liberdade e independência”.
Apesar dessas alegações, a AP, sob a liderança de Abbas, tem mantido consistentemente seu “Fundo dos Mártires” que, entre outras coisas, apoia financeiramente as famílias dos Palestinos que se envolveram em atos de terrorismo violento contra os Israelenses.