Pichações antissemitas no escritório da Jews for Jesus em Paris, França, 24 de março de 2025. (Foto: (Foto: Juifs pour Jésus, Paris)
O escritório da Jews for Jesus em Paris, na França, foi desfigurado por imagens antissemitas nesta semana. Esse ato de vandalismo se junta a uma série de outros realizados contra Judeus ou organizações Judaicas na França - evidência do aumento alarmante do antissemitismo no país. A imagem pintada com spray não é apenas degradante e humilhante para os Judeus de todo o mundo, mas também um flagrante de destruição de propriedade. A polícia foi chamada na manhã de terça-feira para apresentar uma queixa formal e coletar provas.
O ataque foi descoberto quando o diretor da seção francesa do Jews for Jesus (JFJ), juntamente com outro colega, chegou para se encontrar com uma mulher Judia que buscava respostas sobre o Messias.
Filha de dois sobreviventes do holocausto, a mulher, de acordo com o diretor da JFJ, “foi violentamente afetada por atos dolorosos de antissemitismo”.
O Conselho Nacional de Evangélicos da França (CNEF) emitiu uma forte declaração em resposta ao ataque e pediu oração não apenas por sua equipe, mas por todos os Judeus na França.
“Nesta manhã, convidamos todos os Cristãos a orar contra o clima de ódio que existe hoje na França.”
“Apesar do ódio crescente, nossa equipe em Paris permanece fiel à missão: compartilhar o Evangelho com fé e determinação. Por favor, orem para que possamos ser fortalecidos e protegidos nesse difícil contexto, e que mais Judeus possam descobrir a paz em Jesus."
Mesmo os Judeus que acreditam em Jesus não estão isentos da alarmante onda de violência antissemita que está varrendo a França, onde os relatos de tais incidentes aumentaram 1.000% somente no último ano - em grande parte desencadeada pela invasão e ataque do Hamas às comunidades do Entorno de Gaza, no sul de Israel, em 7 de outubro de 2023.
No último fim de semana, o rabino Arié Engelberg, de Orléans, na França, foi chutado, socado e mordido por um jovem Palestino enquanto voltava da sinagoga para casa com seu filho de nove anos.
Avisos sobre o aumento do antissemitismo na França haviam surgido meses antes. Em julho de 2023, o Primeiro-Ministro Israelense, Benjamin Netanyahu , alertou sobre “manifestações e ondas de antissemitismo que assolam a França”, citando incidentes como o vandalismo de um memorial da Segunda Guerra Mundial.
Em novembro de 2023, apenas um mês após o ataque do Hamas, o Ministro do Interior da França, Gérald Darmanin, observou que o antissemitismo e o ódio aos Judeus estavam explodindo na França.
A tendência continuou em 2024. Em agosto, o Serviço de Proteção à Comunidade Judaica Francesa (SPCJ) informou que o antissemitismo parecia ser a “nova rotina” na França.
Em julho de 2024, antes dos Jogos Olímpicos de Paris, os atletas Israelenses receberam inúmeras ameaças de morte, o que gerou uma grande preocupação na comunidade Judaica. Na mesma época, o rabino-chefe Moshe Sebbag, da Grande Sinagoga de Paris , emitiu uma advertência séria: “Não há futuro para os Judeus na França”, pedindo aos jovens que ‘fossem para Israel ou para um país mais seguro’.
Apenas alguns meses depois, em novembro de 2024, as autoridades francesas enviaram 4.000 policiais para garantir uma partida de futebol entre França e Israel no Estádio de Paris. A decisão foi tomada após um incidente violento em Amsterdã, onde torcedores Israelenses foram brutalmente atacados por multidões.