As Brigadas Al-Qassam entregam reféns Israelenses à Cruz Vermelha, como parte do acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, em Deir al Balah, em 8 de fevereiro de 2025. (Foto: Abed Rahim Khatib/Flash90)
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha declarou no sábado que está “cada vez mais preocupado” com as cerimônias de propaganda da organização terrorista Hamas durante a libertação de reféns Israelenses mantidos em Gaza.
“O ICRC está preparado para facilitar outras operações de libertação como um intermediário humanitário nos próximos dias e semanas”, declarou a organização internacional. “O acordo de cessar-fogo deve ser mantido para que mais operações de libertação possam ser realizadas e mais ajuda possa entrar em Gaza”, continuou.
A Cruz Vermelha também exige que o Hamas ofereça uma libertação “digna e privada” aos reféns Israelenses. Várias autoridades Israelenses, incluindo o ex-Embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, acusaram a Cruz Vermelha de encobrir os crimes do Hamas contra civis Israelenses.
“A Cruz Vermelha se recusa a condenar publicamente o Hamas, que nega até mesmo o acesso aos reféns ou a transferência de medicamentos para eles e comete os mais graves crimes de guerra”, disse Erdan em janeiro de 2024.
Vários especialistas, incluindo o repórter do Jerusalem Post, Seth Frantzman, avaliaram que o Hamas organiza cerimônias de propaganda em torno da libertação dos reféns para aumentar seu poder e controle sobre a Faixa de Gaza.
Muitos observadores em Israel e no exterior ficaram horrorizados com as cerimônias de libertação humilhantes e perigosas do Hamas, nas quais os reféns são forçados a ficar cercados por grandes massas de habitantes hostis de Gaza.
Israel e seus aliados ficaram especialmente chocados com a libertação caótica e perigosa dos reféns Israelenses Arbel Yehud e Gadi Moses no final de janeiro.
“Vejo com extrema severidade as cenas chocantes durante a libertação de nossos reféns. Essa é mais uma prova da brutalidade inconcebível da organização terrorista Hamas", declarou o Gabinete do Primeiro Ministro Israelense na época.
“Exijo que os mediadores se certifiquem de que essas cenas terríveis não se repitam e garantam a segurança de nossos reféns. Quem ousar prejudicar nossos reféns pagará o preço", advertiu o Gabinete do Primeiro Ministro em Jerusalém.
O Hamas se comprometeu em libertar 33 reféns Israelenses durante a primeira fase do acordo negociado internacionalmente entre o grupo terrorista e Israel. Em troca, Israel se comprometeu a libertar cerca de 2.000 terroristas condenados, incluindo muitos com sentenças de prisão perpétua pelo assassinato de civis Israelenses.
Os reféns israelenses Eli Sharabi, Or Levy e Ohad Ben Ami, que foram libertados no sábado, chegaram ao Estado Judaico em condições muito ruins que evocaram lembranças do Holocausto.
O Embaixador de Israel nas Nações Unidas, Danny Danon, exigiu a "libertação imediata e incondicional " de todos os reféns Israelenses ainda detidos pelo Hamas e seus aliados na Faixa de Gaza. O enviado Israelense à ONU pediu ao Secretário-Geral da ONU, Antonio Guterres, que condenasse os crimes do Hamas contra os reféns Israelenses. Danon declarou que os reféns israelenses foram “torturados, estavam famintos, magros, traumatizados, exaustos e sofrendo”, acrescentando que eles também foram “vítimas de um espetáculo brutal e cínico orquestrado pelo Hamas”.
Apesar de estarem frágeis e famintos, Ohad, Or e Eli acabaram voltando para casa | KAN 11
Recentemente, a Cruz Vermelha expressou indignação pelo fato de prisioneiros condenados terem sido libertados das prisões Israelenses algemados enquanto usavam uma pulseira com a frase "O povo eterno nunca esquece".
Zivan Frieden, porta-voz do Serviço Prisional de Israel, rejeitou as críticas da Cruz Vermelha.
"Os agentes penitenciários estão lidando com os piores inimigos de Israel e, até seu último momento em solo Israelense, eles serão tratados sob a governança da prisão. Não comprometeremos a segurança de nosso povo”, declarou Frieden.
